segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O tempo e seus milagres.


"Aprendi que tudo passa, tomando chá ou cachaça, tomando champanhe ou não..."
É com essa frase que começo...e que frase! Se eu não estivesse num momento desintoxicação, talvez duvidasse e ainda chamasse nossa querida Cássia Eller de louca e hipócrita por um dia, em algum lugar ter dito isso.A algumas luas atrás retrucaria: "Não Cássia, tu tá errada...pode passar anos, milhares deles, mas eu não esqueço."...Meu Deus (seu nome não foi dito em vão) quanta ingenuidade da nossa parte achar que não esquecemos. Esquecemos sim...seja daquele carinha por quem perdemos o sono, por uma palavra que nos machucou, uma briga....pode passar o tempo que for, mas nos acostumamos, esquecemos...acaba...se vai!
Claro, em alguns casos o tempo vai nos acostumando com ausências, a dor vai diminuindo, vamos esquecendo o rosto, o timbre da voz, como era lindo o sorriso, o jeito de andar...vamos esquecendo assim, vai desaparecendo como a sombra na névoa...no silêncio e na memória.
No amor são trilhões de oportunidades de sermos felizes com milhares de pessoas, e o mais interessante é que a chance de sermos felizes ao lado de quem está perto é triplicamente maior. Conheci ele...te amo...briguei...5 anos de namoro....brigas...te esqueci. Amei de novo...agora vai,ele é o máximo...puxa, não quero mais...já foi. Te esperei toda a vida...ui,tu ronca...me esquece. E por aí segue os amores e enganos do burro e incansável coração.
Comigo é o seguinte: no auge dos 28 anos descobri que estava apaixonada pela primeira vez, primeira vez em que eu diria sem medo nenhum: "Cara, largo tudo por ti". Gente, como assusta isso, imagina, largar tudo por uma pessoa e ir morar num casebrizinho na beira da praia com imensidão de mato invadindo seu espaço, ou largar a cidade grande por uma gigante, mudar p exterior, sair de casa, virar hippie...é tanto amor que a gente esquece de tudo, só quer viver e morrer ao lado do amor da sua vida. Pois então, eu estava disposta, só esperando que ele me dissesse: "vamos", que eu ia...e ia com vontade! Mas ele não pediu...nem mesmo sequer estudou a idéia de pedir...pra piorar, nem deu a chance para que eu o fizesse acreditar que daria certo...beleza, o que resumiu ao meu desapego. Sim, estou me desintoxicando dele...e o melhor esquecendo.
Ainda acho que seríamos perfeitos juntos...mas é incrível como to esquecendo de amar ele. Impressionante, como to conseguindo PARAR de me imaginar buscando os filhos na escola com ele do lado dirigindo enquanto ponho o pequeno na cadeirinha. O bom disso tudo,é que vamos nos conhecendo melhor, enxergando melhor a baderna que rola aqui dentro...e como é fácil se desapegar deles.
Para terminar só quero dizer mais uma coisinha negrinho, se tu me perguntar hoje: "Vamos" eu vou pensar, lembrar de cada noite que quebrei a cabeça tentando te decifrar e te conquistar...o NÃO vai surgir na minha cabeça com fonte tamanho gigante, luminoso, piscando loucamente p chamar minha atenção...mas no fim, não é que a cretina aqui vai ficar em "dúvida" e dizer SIM.
Poxa Cássia...essa frase foi feita pra dor de barriga e ressaca.

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